Explicar o que é um mapa topográfico, o que se espera que ele indique e como deve ser usado. Identificar pelo menos vinte sinais e símbolos usados nestes mapas.
Existem mapas de diferentes tipos, que servem a diversos propósitos. Mapas topográficos são diferentes de mapas rodoviários, mapas políticos, mapas hidrográficos, etc. Um mapa topográfico é uma representação gráfica detalhada e precisa dos relevos naturais e artificiais.
Falando de um modo simples, os mapas topográficos te permitem ter uma visão tridimensional da paisagem sobre uma superfície bidimensional. Em acampamentos e trilhas são muito importantes para se determinar qual o caminho mais curto, qual o caminho menos cansativo, qual o caminho mais fácil, onde podemos encontrar fontes de água, entre outras coisas.
Estes mapas apresentam as seguintes características:
- Área de representação
- Escala
- Curva de nível
- Sistema UTM
- Mapas adjacentes
- Revisões
- Longitude e Latitude
- Declinação magnética
- Legenda
- Área de Representação
Indica
a área de abrangência do mapa e seus limites. Encontra-se na margem
superior. Indica o nome do mapa. Nas extremidades das bordas, indica a
latitude e a longitude extremas do mapa.
- Articulação da Folha
- Revisões
- Escala
- Pequena – igual ou inferior a 1:500.000
- Média – maior que 1:500.000 e menor que 1:50.000
- Grande – igual ou superior a 1:50.000
- Curvas de Nível
- Legenda
Os
mapas sempre apresentam uma legenda, que é a interpretação que deve ser
dada ao símbolos que são encontrados neles. Esses símbolos são uma
convenção, ou seja, possuem o mesmo padrão em todos os mapas
topográficos no país. Portanto não é necessário decorar os símbolos,
apesar de se tornar uma coisa natural com a prática.
Existem
dois tipos de curvímetro: um graduado em milímetros e outro graduado
nas escalas mais comuns. Este último apresenta a mesma característica do
escalímetro na leitura de distâncias no mapa, com a vantagem de se
poder medir linha quebrada e em curva.Para medir distâncias com o curvímetro, basta girar a roda dentada até o ponteiro coincidir com a origem da graduação e depois deslocar o curvímetro sobre o mapa, lendo no mostrador a distância percorrida.
Um ótimo substituto para o curvímetro é um arame flexível. Pinte-o conforme a escala do mapa, linhas vermelhas circundando o arame para as marcas de 500m e linhas azuis, para as marcas de 1000m. Coloque-o sobre o mapa, modelando-o sobre a trilha. Depois é só ler as distâncias. Também pode-se utilizar um barbante ou cordinha e uma régua.
Estes métodos não são muito precisos e sempre estimam distâncias menores do que as reais, pois não levam em conta as subidas e descidas do percurso (medem só o deslocamento horizontal).
- Escalímetro
- Cuidados com o Mapa Topográfico
Uma alternativa para preservar seu mapa é digitalizá-lo e imprimir a área onde irá percorrer e depois planstificálo. Mas tenha cuidado para que a impressão tenha a mesma escala da original (mesmo tamanho), e que as bordas contenham as referências do sistema de coordenadas.
- Dobrando o Mapa Topográfico
- Orientação “Mapa-Terreno”
colocar em prática as informações fornecidas por eles para saber escolher a melhor
rota a seguir. Isso você só adquirirá com muita prática.
- Encontrando sua localização no mapa
- Encontre marcas do terreno facilmente identificáveis no mapa (ex. rio, lago, encosta);
- Localize-se sobre uma linha-base (um rio ou uma linha entre dois cumes);
- Caminhe sobre esta linha-base até que possa identificar outra linha-base que interseccione a primeira. Assim, poderá localizar-se com grande precisão no mapa.
- Encontre três marcas confiáveis, preferencialmente uma à frente, uma à direita e outra à esquerda, para definir sua posição;
- Gire o mapa até coincidir com a primeira marca de terreno visualizada.
- Desenhe uma linha em direção a esta marca.
- Repita a operação para as outras duas.
- A intersecção entre as três linhas mostra sua posição com uma precisão razoável, dependendo de suas habilidades.
- Estimando distâncias
Crie um arquivo da trilha. Ele o ajudará no planejamento de sua jornada e servirá como guia para outros que, porventura, se aventurarem pelo mesmo percurso. Neste arquivo, desenhe um gráfico para marcar a distância e a altitude a serem percorridas. Utilize o curvímetro para desenhar a trilha no mapa e transcreva as informações obtidas para o gráfico. Assim, terá uma boa forma de acompanhar seu desempenho no trajeto e anotar informações úteis para próximas expedições.
Ler um mapa topográfico, isto é, conseguir visualisar o relevo representado pelas curvas de nível, exige treinamento, e pode ser facilitado desenhando-se perfis topográficos no mapa que se está lendo. Com treinamento estes perfis passam a ser feitos mentalmente e a compreensão do relevo se torna fácil. Abaixo temos uma demonstração desta prática de transformar curvas de nível em perfis topográficos.
Uma característica muito importante dos mapas topográficos e que estamos deixando de lado, propositalmente, é a declinação magnética. Os mapas topográficos devem ser utilizados em conjunto com as bússolas. As bússolas são orientadas com o norte magnético, enquanto os mapas são orientados com o norte geográfico. A diferença entre eles é chamada declinação magnética. Esta declinação varia de acordo com a localização no globo e também varia anualmente. Por ser um pouco mais complexo, este assunto está sendo tratado neste post complementar.
Fonte: Cezar, L. D. Orientação por Mapa e Bússola. 2ª Edição. Associação Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.4shared.com/document/o83WrNcS/Apostila_de_Orientao_2ed.html>.
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